Dança no Moulin Rouge - Toulouse Lautrec (1890) |
A Belle Époque foi um período compreendido entre 1871 e 1914, marcado por efervescência artística e cultural e de grandes progressos nas comunicações e nos transportes.
Inovações tecnológicas como a luz elétrica trouxeram maior conforto, e o telefone e os automóveis diminuíram as distâncias entre as pessoas.
O cinema, a fotografia e novas formas de artes e tantas novidades estavam mudando o modo de vida das pessoas nos grandes centros urbanos.
O mundo parecia integrar-se econômica e culturalmente e a adoção quase universal de padrões culturais ocidentais também caracterizou esta época.
Pode-se fazer um paralelo entre os acontecimentos e avanços do final do século XIX com os do final do século XX, com a internet, a onda democratizante e a globalização econômica-financeira-cultural.
Não por acaso, o início da Belle Époque data de 1871.
Foi em 1871 que se encerrou a guerra Franco-Prussiana, dando início a um período de relativa paz entre os países europeus.
No entanto, sob a aparência de tranquilidade, acumulavam-se contradições que logo explodiriam em uma grande guerra mundial.
Esta nova Alemanha aspira um papel de independência e destaque internacional sem ter que ligar-se ao sistema internacional através da Inglaterra - que então conectava a Europa ao mundo, e, com isso, era a potência dominante.
O Imperialismo
Durante os séculos XVIII e XIX a Inglaterra baseou sua liderança internacional através de sua potência naval e efetivo controle do comércio mundial, mas grandes potências disputavam esta hegemonia.
A Rússia era sua maior rival e a França aparecia como terceira força.
Inglaterra, Alemanha, Rússia, França e Japão disputam divisão da China - Le Petit Journal (1898) |
Com grande mercado interno, forte política protecionista e rápido desenvolvimento, os EUA recebiam grandes investimentos de capitais estrangeiros e fluxo de imigrantes atraídos pelo progresso e pelas oportunidades na América.
No entanto com a unificação da Alemanha em 1871, a Inglaterra viu nascer a maior ameaça sobre sua hegemonia mundial.
Num mundo onde crescia a concorrência e o protecionismo, a existência de um grande mercado interno passou a ser condição fundamental para o desenvolvimento econômico.
A Inglaterra buscou exatamente este novo mercado consumidor através de novas colônias - especialmente na Índia e na China.
A Alemanha não tinha as mesmas condições internas favoráveis dos EUA e, desta forma também teria que disputar com a Inglaterra a expansão colonial que se iniciava.
Como alternativa para compensar suas debilidades internas a Alemanha criou um poderoso complexo industrial e militar, que veio a abalar o equilíbrio de forças na Europa.
Estas condições explicam os movimentos expansionistas das potências européias para a Ásia e a África, intensificando ainda mais as tensões que viriam a culminar na Primeira Guerra Mundial.
Veja abaixo Aula Resumo com mais alguns pontos importantes sobre o Imperialismo e a formação dos nacionalismos neste período.
fontes: 1 Manual do Candidato (Funag) História Contemporânea - 3a Ed - 2012
2 A Era dos Impérios - Eric Hobsbawn
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