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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Otan busca nova estratégia para a Rússia



Em reunião de cúpula, aliança militar deve definir guinada em suas prioridades devido à crise na Ucrânia. Otan quer força de reação rápida para fazer frente à ameaça da Rússia.

Deutsche Welle
4.set.2014


Esta cúpula provavelmente também será chamada de histórica, especulam altos diplomatas da Otan durante os preparativos para a reunião de dois dias em Newport, no País de Gales (Reino Unido), que começa nesta quinta-feira (04/09).
Histórica porque, devido à crise na Ucrânia e à crescente confrontação com a Rússia, a aliança deve definir uma guinada completa em suas prioridades. Nos últimos 13 anos, a Otan se concentrou especialmente na missão no Afeganistão e na gestão de crises fora do território da aliança. 
Agora, o que está em jogo é a defesa de países na Europa. No final de 2014, a missão militar de combate da Otan no Afeganistão deve ser substituída por uma missão de treinamento, muito menor.
"Estamos nos preparando para a próxima fase da Otan", afirma o comandante supremo na Europa, o general americano Philip Breedlove. "Vamos passar de uma tropa em missão no exterior a uma força de prontidão. Trazemos as tropas estacionadas para casa, economizamos dinheiro, é claro, e pegamos parte dessa verba para investir numa melhor formação e em exercícios."
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, expressou-se repetidamente nas últimas semanas com tons duros contra a Rússia. "Não somos ingênuos, nem nos perdemos em ilusões. Temos de lidar com o fato de que a Rússia nos considera um inimigo. E vamos nos adaptar a isso", avaliou Rasmussen, se referindo ao futuro da Otan.
Reforço das forças de reação rápida
Os 28 líderes da Otan vão determinar em Newport um reforço das forças de reação e, provavelmente, a construção de cinco depósitos de armas e material nos países bálticos e na Polônia.
Além disso, será formada uma "ponta de lança" dessas forças de reação, que deverá estar em alerta constante, segundo declarou Rasmussen em Bruxelas, antes da cúpula. "Essa força pode viajar com bagagem leve, mas mesmo assim atacar duramente, caso necessário", disse.
Esta força de reação rápida deve incluir apenas algumas centenas de soldados e pode entrar em ação em dois ou três dias. Depois, viriam vários milhares de soldados da força de reação da Otan, que consistem em tropas multinacionais e que atualmente precisam de várias semanas para estarem prontas para combate.
"Acreditamos que uma força de reação em estado de alerta elevado teria um grande poder dissuasor", disse o secretário-geral da Otan, utilizando vocabulário da Guerra Fria. "O problema até agora era o tempo de reação", avaliou o ex-general da Otan Harald Kujat. Este deve ser bastante reduzido, para formar um contrapeso às tropas russas, que podem ameaçar os países da Otan no Leste Europeu.
"Naturalmente que devemos sempre lembrar que, depois, mais tropas também teriam que ser deslocadas para esses países. Mas a Rússia também precisa de certo tempo para ser capaz de atacar. Se você tiver um sistema de alerta eficaz, então você pode compensar isso", disse o general aposentado em entrevista à DW.
Respeitando o acordo entre Otan e Rússia
Os países bálticos e a Polônia reivindicam a colocação de tropas permanentes da Otan em seus territórios. O presidente da Estônia, Thomas Hendrik Ilves, alertou nesta terça-feira para uma "Otan de duas classes" caso os membros do Leste Europeu também não recebam bases permanentes da Otan.
Isso, entretanto, tem sido negado pelos países ocidentais da Otan. "A Otan vai respeitar o tratado entre a Rússia e a aliança", assegurou Rasmussen. No documento, a Otan declarou unilateralmente em 1997 que não estacionará permanentemente grandes unidades nos antigos Estados membros da antiga aliança militar comunista Pacto de Varsóvia.
Rasmussen afirma, porém, que a Rússia, com suas ações agressivas contra a Ucrânia e a anexação da Crimeia, pouco se preocupa com o contrato com a Otan. "Infelizmente temos observado que a Rússia viola de modo flagrante todos os princípios do Ato Fundador entre Otan e Rússia. Instamos a Rússia a mudar isso imediatamente."
"Otan comete erros"
O presidente russo, Vladimir Putin, ainda participou da última cúpula da Otan em Lisboa, em 2010, numa reunião no mais alto nível, no âmbito do Conselho Otan-Rússia. Isso agora parece não ser mais possível. A Otan sequer convidou Putin devido à crise na Ucrânia.
Quando um repórter perguntou se os russos devem ter se surpreendido por não terem sido convidados, Rasmussen riu. "Não, acho que não", respondeu.
As relações com a Rússia chegaram a um ponto crítico. Kujat acusa a Otan de ser corresponsável por isso e por ter cometido erros gritantes. Ele afirma que o Conselho Otan-Rússia, criado especialmente para o diálogo em tempo de crise, não foi ativado. 
"Ele é um meio muito eficaz na prevenção de conflitos e gestão de crises. Infelizmente, esse excelente instrumento não foi utilizado pela Otan. "Acredito que teria contribuído muito para acalmar e estabilizar a situação na Ucrânia."
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, foi convidado para a atual cúpula. Mas diplomatas da aliança avaliam que ele não deve esperar muito. Eles argumentam que a Ucrânia não é um país da Otan e não deverá ser num futuro próximo, apesar das afirmações de que a porta ainda está aberta.
"Uma associação da Ucrânia não está em pauta", afirmou o presidente dos EUA, Barack Obama, durante sua visita a Bruxelas em março, após a anexação da Crimeia pela Rússia. Nesta quarta-feira, em Tallinn, ele afirmou, porém, que é necessário enviar uma inequívoca mensagem de apoio à Ucrânia.
Também o fornecimento de armas para o Exército ucraniano é rejeitado pela maioria dos países da Otan. "Ajudamos na formação e reforma do Exército, mas defendemos somente os Estados membros", frisou um diplomata da Otan em Bruxelas.
Missão no Afeganistão
Embora o Afeganistão ainda não disponha de um presidente capaz de governar, Rasmussen avalia que ainda pode ser assinado a tempo um acordo sobre o estacionamento de 15 mil soldados para uma missão para suceder a Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf).
"Estou animado porque ambos os candidatos presidenciais declararam que assinariam os contratos necessários assim que tomassem posse. Por isso, estou confiante de que poderemos, como planejado, implementar uma missão de treinamento no Afeganistão em 1° de janeiro de 2015", afirmou. 
Enquanto isso, apenas cerca de 30 mil soldados da Isaf estão no Afeganistão, incluindo 1.900 alemães. E a retirada está correndo como o planejado, segundo a Otan.
É claro que a cúpula também discutirá sobre dinheiro. Os EUA têm reclamado há anos de que os países europeus, com algumas exceções, não gastam dinheiro suficiente para sua defesa. Pelo contrário, o gasto encolhe, os exércitos europeus reduziram radicalmente seus armamentos e foram reformulados.
Segundo Kujat, isso está sendo percebido agora, quando são necessárias forças para defesa nacional na Europa. Rasmussen, porém, é otimista, pois o fortalecimento da força de reação da Otan, no final das contas, terá que ser pago. "Em Gales, espero comprometimentos de se aumentar os gastos com defesa, já que a economia está se recuperando."

Why Nato is more relevant than it has been for 30 years


With the new threats posed by Isis and Russia, the agenda at this week's NATO summit is full to bursting
The Guardian 
Patrick Wintour
Sept 3.2014
The last time the UK hosted a Nato summit was in 1990, when Margaret Thatcher was prime minister, the cold war was coming to an end, and the alliance was questioning its relevance in a multipolar world where soft power might count more than hard power. 
The old chestnut about Nato's purpose voiced by the first Nato secretary general, Lord Ismay – "to keep the Russians out, the Americans in" – looked hopelessly anachronistic. Russia famously had become a country with which the west felt it could do business.
A quarter of a century later, Putin's actions, and the ever more grisly new threats posed by Islamic militants, has given Nato a new lease of life. Indeed, Nato is now so relevant that David Cameron's chief task as host to this week's summit in Wales has been to ensure that the agenda does not burst at the seams. 
Discussions will range across the Russian advance in Ukraine and expansionist threat to the Baltics, the Nato withdrawal from Afghanistan next year, the possibility of wider alliance air strikes in northern Iraq against Islamic State (Isis), the need for Nato to produce a viable rapid reaction force in Europe as well as respond to the threats of hybrid warfare and terrorism.
Cameron has ensured that the crisis posed by Isis – made even more pertinent by the latest beheading and the threat to a British citizen – will be discussed both at a working dinner on Thursdaytomorrow evening, and then again on Friday as the 28 members discuss asymmetric warfare, and how to respond to threat of terrorism.
No 10 is hoping that dinner discussions, or in the margins, will reveal more about Barack Obama's thinking on how to combat Isis not just in Iraq, but also in Syria. Cameron has said that he supports the current round of US air strikes – now numbering over 130 – and "will continue to keep asking the question of how can we in Britain best pursue our national interests and help those people on the ground who are doing most to combat Isis". 
No 10 is confident that it has the legal grounds for participation in air strikes, or the facilitation of US air strikes, but is wary of the wider politics.
Last summer Cameron set a red line in the wake of Bashar al-Assad's chemical attacks in Syria and had to watch as his fellow MPs turned that line to dust, leaving him furious and looking foolish. It is a democratic decision that still defines UK foreign and defence policy.
Privately, Cameron is still waiting to hear more clearly from the hesitant Obama about what his strategic thinking might be. Indeed some around the prime minister lose patience with the president's methodical caution, even if they accept there are no easy options.
It was not expected – at least before today's grisly events – that Obama would make a request for a bombing campaign extending into Syria. America has insufficient intelligence on Isis forces inside Syria, and on the impact of any attacks on further western hostages held by Isis. 
Nato members also need to gauge the wisdom of being seen to be bombing President Assad's enemies.
But if Cameron has his occasional moment of impatience with Obama, he has lost all remaining illusions about Vladimir Putin, a man that at one point he believed he had developed a frank and valuable dialogue.
Thus, this week he effectively called Putin a liar, saying: "The evidence was overwhelming that Russian troops with Russian equipment are on Ukraine's soil."
For all his rhetoric about Munich 1938 and the need to avoid appeasement, Cameron's emphasis in the Ukraine is economic, not military, saying he has been "at the absolute front end of those arguing for broader sanctions". His latest target as part of the European Union's level-three sanctions is a boycott of Russia's syndicated loan market, worth more than $45bn in business.
He insists that economic sanctions are working, with Russia now in negative growth, and says Russia needs America and Europe more than America and Europe need Russia. "We need to make that relationship pay and play," he says. 
But Cameron, in an act of political solidarity, has invited Ukraine's president, Petro Poroshenko, to the summit, and the British announced yesterday it will send troops to the Ukraine, a non-Nato member, in the next month to take part in possible military exercises.
Even if Ukraine isn't a Nato member state, such exercises would still send a signal of sorts to Moscow. But both Germany and Britain have rejected sending arms to the Ukrainian government, or sending vessels to the Black sea to deter further Russian attacks.
Cameron is also determined to ensure the summit makes clear that Nato is "utterly resolved" to block any Russian attempt to repeat its destabilisation tactics in the Baltic states of Estonia, Latvia and Lithuania – all members of Nato and the EU.
Although small in absolute terms, the three Baltic states contribute greatly to Nato in relative terms. Estonia is the regional leader in defence matters and is currently one of only four Nato countries that spend the required 2% of gross domestic product on defence as recommended by Nato. 
All three countries sent troops to Iraq and have troops fighting in Afghanistan. Estonian troops are serving in Helmand province in southern Afghanistan, one of the most dangerous areas in the country. 
A clear signal will be sent. Cameron promises that Nato is deadly serious about its obligations to mutual self-defence for Nato members under Article 5, including by pre-positioning Nato troops.
"It is very important when Russians looks at countries like Estonia or Latvia or Poland that they don't just see Estonian, Latvian and Polish soldiers – they see French, German, British soldiers too," he said.
fonte: The Guardian

quarta-feira, 7 de maio de 2014

L'OTAN et la crise en Ukraine























L'OTAN pourrait envisager une présence militaire permanente en Europe de l'Est

Le Monde

07.05.2014

La crise en Ukraine et les tensions avec Moscou pourraient conduire l'OTAN à envisager une présence militaire permanente dans les pays-membres en Europe de l'Est. 


« Je pense que nous devrions y réfléchir », a signifié le général Philip Breedlove, commandant des forces de l'Alliance atlantique en Europe, mardi 6 mai au Canada.

« Je pense que nous avons besoin d'évaluer notre réactivité, notre disponibilité et notre positionnement des forces pourêtre en mesure de répondre à ce nouveau paradigme ».
Il est nécessaire de réévaluer « la réactivité des forces de défense » de l'Alliance en raison de la nouvelle donne avec la Russie qui avait été jusqu'ici perçue comme un partenaire, a-t-il ajouté.
RENFORCEMENT EN EUROPE ORIENTALE
Après l'effondrement du bloc de l'Est et la chute du mur de Berlin en 1989, l'Alliance a évalué la situation « où nous avions considéré la Russie plus comme un futur partenaire », a souligné le général Breedlove. 
Dans ce contexte, les pays de l'Alliance ont réduit leurs budgets de défense mais aussi « la structure de leurs forces et de leur positionnement ». Dorénavant, « la Russie n'agit pas en tant que partenaire » et « l'annexion de la Crimée (...) modifie cette dynamique », a-t-il poursuivi.
L'OTAN a annoncé mi-avril le renforcement de la défense des pays d'Europe orientale et multiplie les sorties de ses avions au-dessus des pays Baltes. Des navires doivent être déployés dans la mer Baltique et en Méditerranée orientale. 
Washington a également annoncé le déploiement de quatre compagnies de parachutistes, soit 600 soldats, pour des exercices en Pologne et dans les pays Baltes. Ces déploiements doivent normalement cesser d'ici la fin de l'année.

fonte: Le Monde

segunda-feira, 28 de abril de 2014

L’OTAN (un peu) ressucitée




















Il peut dire « merci » au président russe Vladimir Poutine : « La crise ukrainienne a rendu nécessaire la révision des plans de l’OTAN », a admis son secrétaire général, Anders Fogh Rasmussen, lors d’un récent point de presse à Paris. 

Plus généralement, alors que l’Alliance redoutait — avec la fin de l’opération en Afghanistan — de se retrouver sans perspective, sans ennemi, sans raison d’être, la voilà qui peut se croire remise en selle…


Dans les états-majors otaniens, on espère bien que l’annexion de la Crimée et le rôle prêté à la Russie dans l’agitation à l’est de l’Ukraine ramèneront le parrain américain à la raison, lui qui rêvait de parfaire son désengagement du continent européen, soixante ans après la fin de la seconde guerre mondiale, vingt-cinq ans après la fin de la guerre froide.

Suite au passage à Washington du ministre polonais de la défense, Tomasz Suemoniak, la semaine dernière, l’envoi de plusieurs centaines de « GI’s » a été annoncé pour participer prochainement à des manœuvres militaires en Pologne et en Estonie. 

Il s’agit donc de troupes américaines au sol, même à titre provisoire, et non plus seulement d’une couverture aérienne plus ou moins lointaine et virtuelle : c’est un signal politique à l’intention du partenaire-adversaire russe.

La tonalité a été donnée la semaine dernière par le porte-parole du ministère américain de la défense : il s’agit bien de « renforcer la réactivité sur terre, en l’air ou sur mer en Europe », certaines des mesures envisagées étant « prises de manière bilatérale avec des pays membres de l’OTAN », d’autres devant être « mises en œuvre à travers l’Alliance elle-même » 

Parapluie aérien

Le Pentagone – qui avait déjà détaché en Pologne vingt-quatre chasseurs F-16 et F-15, ainsi que trois C-130 — vient de transférer en Roumanie six autres F-16. 

Le commandement américain a également décidé (selon la lettre d’informations TTU du 16 avril) de reprendre les missions aériennes stratégiques à long rayon (8 000 miles, 20 heures de vol) de bombardiers B-52 et B-2 à partir de leurs bases en Louisiane et dans le Missouri.

La même lettre TTU détaille le projet de loi n° 4561 déposé par le président ukrainien par intérim, qui prévoit la tenue en Ukraine en juin et septembre de l’exercice « Rapid-Trident 2014 », à dominante terrestre, avec participation de troupes des Etats-Unis et de l’OTAN ; et des manœuvres navales « Sea Breeze 2014 » entre juillet et octobre, aux parages d’Odessa, avec une dizaine de bâtiments américains et de l’OTAN, ainsi qu’une douzaine d’aéronefs, deux sous-marins, etc.

Déjà, l’USS-Donald Cook, un destroyer américain, croise en mer Noire (où il avait été approché, le 12 avril, par un chasseur russe). Des avions-radars Awacs américains ou relevant de l’OTAN survolent régulièrement plusieurs pays d’Europe de l’est. 

Depuis le 1er avril, à la demande de l’OTAN, des Awacs français participent à ces missions de surveillance. La France a également été sollicitée pour assurer à nouveau une mission traditionnelle de l’Alliance, la « Baltic Air Policy », qui va être renforcée, compte tenu de la conjoncture : une escadrille de chasseurs tricolores sera transférée sur la base de Malbork, en Pologne, à partir de la fin du mois.

Maître-mot

Lors d’un séminaire organisé récemment à Paris sur la « transformation » de l’OTAN, le ministre français de la défense Jean-Yves Le Drian a plaidé pour« une répartition plus équitable des efforts entre les alliés », un« développement de notre capacité à agir, appuyé sur une volonté politique forte », gageant que « l’insécurité de s’arrêtera pas au sud et à l’est de l’Europe ». 

Pour lui, « le cycle de vingt années d’opérations intenses qui est en train de se clore » avec l’évacuation de l’Afghanistan est « une richesse qu’il convient de conserver sans la pression des opérations ».

Le ministre s’est félicité de ce que les Français, pour leur part, « suivent tous les standards définis par l’OTAN », concourant ainsi à « l’interopérabilité »qui est le maître-mot et la préoccupation traditionnelle des stratèges de l’Alliance. Pour ces derniers, le concept a fait ses preuves au sein de la force d’assistance à la sécurité en Afghanistan (ISAF), et a permis la réalisation de l’opération Harmattan en Libye.

Afin d’éviter les « ruptures capacitaires » consécutives à la fin, en Afghanistan, d’une opération qui était devenue l’alpha et l’omega de l’OTAN, le commandement pour la « transformation » avait prévu un programme ambitieux d’exercices pour 2014 et 2015, ainsi qu’un renforcement des moyens alliés de renseignement, d’observation et de reconnaissance (Joint Intelligence, Surveillance and Reconnaissance, JISR). C’était avant que ne surgisse la « divine surprise » ukrainienne…

Bon élève

En marge de cette réunion à Paris, Anders Fogh Rasmussen n’a pas manqué de féliciter ses amis français, considérés désormais comme un des piliers de l’Alliance : de la Centrafrique à l’est de l’Europe, a-t-il dit en substance, les forces françaises contribuent à la sécurité occidentale, sous la bannière nationale ou sous couvert de l’OTAN ; la France a démontré sa disponibilité, elle est un exemple pour l’Alliance ; son budget de défense, maintenu à un haut niveau en dépit des difficultés financières du moment, approche « les 2 % du PIB qui sont notre cible ».

Une lise — non exhaustive — de faits témoigne de ce que la France fait effectivement figure de bon élève de l’OTAN, après en avoir été longtemps — 1966-2009 — le fils indigne:

- Depuis 2009, après la décision du président Nicolas Sarkozy de réintégrer le commandement militaire de l’organisation, des centaines d’officiers français ont été affectés dans les hautes strates de l’Alliance : un des deux « commandements suprêmes » — celui dit de la « transformation », créé en 2002 dans le cadre de la réorganisation des structures de l’Alliance et installé à Norfolk (Etats-Unis) — revient désormais à un Français (le poste a été occupé jusqu’ici par d’anciens chefs d’état-major de l’armée de l’air, le général Stéphane Abrial de 2009 à 2012, actuellement le général Jean-Paul Palomeros). Ce n’est pas le commandement le plus important (qui est celui des forces alliées en Europe, le SHAPE, lequel revient traditionnellement à un général ou amiral américain), mais c’est celui de l’entraînement, de la doctrine, du futur : les Français considèrent que, grâce à eux, « la doctrine européenne en matière d’opérations est désormais bien présente au sein de l’OTAN ».

- L’armée de l’air française est fortement impliquée dans ce qui est le « bijou » du commandement « transformation » de l’OTAN : le futur Air Command and Control System (ACCS), qui pilotera le système de défense aérienne et antimissile de l’OTAN, une fois reliés les systèmes nationaux actuellement peu interopérables. Côté français, la mise en service opérationnelle est programmée à la mi-2016 pour le Centre national des opérations aériennes et le centre de détection et de contrôle de Lyon, et fin 2016 pour le Centre de détection et contrôle de Cinq-Mars-La-Pile.

- Du 1er janvier au 31 décembre 2015, la composante Air de la NATO Response Force — la force de réaction de l’OTAN – sera placée sous commandement de l’armée de l’air française : dans le but de valider ses capacités, le Joint Force Air Component Command (JFACC), sous commandement français, participe cette année à trois exercices majeurs.

- On relèvera aussi, par exemple, que le Centre d’analyse et de simulation pour la préparation d’opérations aériennes (CASPOA) de la base aérienne 942 de Lyon-Mont Verdun, unique en son genre à l’échelle des vingt-huit pays membres, a été labellisé « centre d’excellence de l’OTAN ».

Feu est-ouest

A noter, pendant ce temps, la quasi-absence de « l’Europe de la défense » : ce devait être, lorsque le président Nicolas Sarkozy avait décidé la réintégration française au sein du commandement militaire intégré, la compensation ou le pendant de cet engagement atlantiste. Mais le fameux second « pilier européen de défense » est resté embryonnaire, que ce soit au sein des instances de l’Union européenne, ou au sein de l’OTAN, toutes deux logées d’ailleurs à Bruxelles ce qui est, en soi, tout un programme.

A l’exception de la France et de quelques nations, les budgets européens de défense continuent à être réduits. Les divisions politiques européennes, manifestes par exemple en ce qui concerne l’attitude à tenir vis-à-vis de la Russie, paralysent toute action collective, notamment en matière d’usage de la force.

Appelés à l’aide par les Européens de l’Est et les pays baltes, qui multiplient les professions de foi atlantistes et attisent l’antique feu « Est-Ouest », les « parrains » américains donnent donc le « la »… le plus souvent désormais, avec l’ami français !

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