Começou, nesta segunda-feira (14), em Fortaleza (CE), a VI Cúpula do BRICS.
Na segunda, foram realizadas as reuniões dos ministros das Finanças, dos presidentes dos Bancos Centrais, dos ministros do Comércio e dos presidentes de bancos de desenvolvimento dos cinco países. Em paralelo, ocorre também o foro empresarial e o encontro do Conselho Empresarial do BRICS.
Na terça-feira (15), os chefes de Estado assinam atos e em seguida acontece uma sessão plenária. Ao final do dia, os líderes seguirão para Brasília, onde acontecerá, na quarta-feira (16), o terceiro e último dia da Cúpula.
Entre os principais pontos a serem debatidos no encontro estão a formalização da proposta de criação do Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas (CRA).
O banco conjunto terá como função financiar projetos de infraestrutura e sustentabilidade. A Instituição Financeira terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias. Depois da assinatura do acordo para sua criação, o banco terá que ser aprovado pelos parlamentos dos cinco países.
A presidência do banco, que será rotativa, e o local de sede serão definidas na cúpula, em Fortaleza, bem como o conselho de administração e outras questões técnicas.
O Brasil foi o único membro que não se candidatou a sediar o banco. As opções são Xangai (China), Joanesburgo (África do Sul), Moscou (Rússia) e Nova Delhi (Índia).
Já o fundo servirá para ajudar os países do bloco em caso de dificuldades com balanço de pagamentos. O capital inicial do fundo será de US$ 100 bilhões. A China entrará com US$ 41 bilhões; o Brasil, a Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul com US$ 5 bilhões.
Encontros Prévios
Nesta segunda (14), em Brasília, o governo brasileiro recebe o presidente da Rússia no Palácio do Planalto. A reunião busca estreitar laços e aumentar fluxo comercial entre os dois países.
Em 2013, a corrente de comércio entre as duas nações chegou a cerca de US$ 5,6 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), e a meta é ampliar as trocas para US$ 10 bilhões.
Ainda antes da realização da Cúpula, o governo brasileiro se reuniu com autoridades chinesas, na última sexta-feira (11). O encontro ocorreu na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), e aconteceu dentro do âmbito da quarta reunião da Subcomissão de Indústria e Tecnologia da Informação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
No evento, foram apresentadas propostas de cooperação entre os dois países nos setores industrial e de tecnologia da informação. Compareceram à reunião autoridades de governo e representantes de indústrias dos dois países.
O Brasil pretende atrair investimentos chineses nas áreas de energia eólica e solar e cooperar no desenvolvimento de soluções tecnológicas para Internet das Coisas, (conceito que integra pessoas e objetos com a utilização de sensores wireless e de nanotecnologia).
Durante o encontro, as autoridades dos dois governos acordaram a criação de grupos de trabalho para discutir temas da indústria eletrônica e semicondutores, equipamentos pesados e automóveis. A próxima reunião da Subcomissão de Indústria e Tecnologia da Informação da Cosban será realizada na China, em 2015.
Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e possui investimentos voltados às áreas de energia, infraestrutura, telecomunicações, setor automotivo, bens de capital e eletroeletrônicos.
Novo site do MRE sobre a Cúpula de 2014 e sobre o BRICS
O Ministério das Relações Exteriores lançou um site sobre a 6a Cúpula dos BRICS e também com dados e informações sobre as cúpulas anteriores, bem com estatísticas e outras informações sobre o bloco.
O site é bastante útil para estudos, pesquisas e análises pois concentra de forma organizada e oficial dados e informações sobre as relações e ações dos BRICS.
Vale a pena dar visitada VI BRICS SUMMIT.
fontes: 1 Portal Brasil
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