EUA e mais 11 países fecham maior acordo comercial regional da história
Folha SP5 out 2015
Após oito anos de negociações, os Estados Unidos e mais 11 países fecharam nesta segunda-feira (5), em Atlanta, nos EUA, a Parceria Transpacífico, o maior acordo comercial regional na história.
A aproximação entre esses parceiros pode fazer com que o Brasil tenha mais trabalho em conseguir espaço para alguns de seus produtos em mercados importantes, como os EUA e Japão.
Discutido por cinco dias seguidos, o tratado abrangerá 40% da economia global, e inclui, além dos EUA, Chile Canadá, Japão e Austrália. O texto final deve ser disponibilizado dentro de um mês, informou o jornal americano "The New York Times".
Além da derrubada de barreiras tarifárias entre os países, o tratado prevê regras uniformes de propriedade intelectual e ações conjuntas contra o tráfico de animais selvagens e outras formas de crimes ambientais. Com isso, tem o potencial de influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer.
O acordo ainda deve passar por discussão no Congresso americano e Parlamentos dos outros países envolvidos. Caso seja aprovado, pode vir a ser uma das maiores conquistas do governo do presidente Barak Obama e deve ajudar a contrabalançar a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico.
A rodada final de negociações em Atlanta, que começou na quarta-feira, tem se debruçado sobre a questão de quanto tempo de duração deve ser permitido para o período de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo.
Também estiveram em pauta a derrubada de barreiras nos mercados de laticínios e açúcar e a queda gradual, ao longo de três décadas, de impostos de importação de carros japoneses vendidos na América do Norte.
Exportações Brasileiras
A Austrália receberá uma cota adicional de 65 mil toneladas anuais para exportação de açúcar para os Estados Unidos sob o Acordo Transpacífico fechado nesta segunda-feira, disse à agência de notícias Reuters uma autoridade australiana com conhecimento das negociações.
Com isso, o produto brasileiro pode vir a ter mais trabalho para encontrar espaço no mercado americano.
O volume soma-se às 87,4 mil toneladas já destinadas à Austrália, sob o regime de tarifas vigente para o ano comercial que começou em 1 de outubro.
A Austrália poderá enviar 400 mil toneladas de açúcar para os EUA anualmente até 2019, no cenário mais otimista, disse a fonte.
Sob os termos do acordo, a Austrália também receberá 23% da cota arbitrária, que é baseada na demanda norte-americana sob regime de tarifas, disse a autoridade. O percentual compara-se aos atuais 8%.
fonte: Folha de SP
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