terça-feira, 28 de abril de 2015
Diáspora Portuguesa no século XXI
Opera Mundi
25 abril 2015
Com 20% da população no exterior, Portugal cria plano para incentivar regresso de cidadãos
País com mais emigrantes da União Europeia, governo subsidiará em até € 20 mil projetos de portugueses que pretendem voltar ao território de origem
Há quem diga que “emigrar está no sangue do português”. As motivações são distintas, mas a falta de perspectiva tem sido a grande propulsora desta diáspora lusitana nos últimos anos.
Segundo dados do Observatório da Emigração, os emigrantes portugueses, que deixaram o país, correspondem a mais de 20% da população residente em Portugal — 2,3 milhões entre 10,4 milhões de portugueses.
Visando superar o problema de déficit demográfico e atrair portugueses de volta ao país, o governo de Portugal aprovou recentemente o Plano Estratégico para as Migrações 2015-2020, um conjunto de medidas para incentivar o regresso de emigrantes.
As medidas devem entrar em vigor até ao final de junho, para, nas palavras do governo português, “dar um novo impulso às políticas migratórias, ajustando as iniciativas às necessidades atuais e projetando novas ações que contribuam para a coesão social, o enriquecimento humano e material do país e o envolvimento e ligação à diáspora portuguesa”.
Uma das iniciativas do plano é o programa VEM (Valorização do Empreendedorismo Emigrante), que pretende apoiar numa fase inicial entre 40 e 50 projetos de portugueses que estejam no estrangeiro e queiram retornar com ideias para um negócio. Os valores dos subsídios giram em torno de € 10 mil e € 20 mil euros por projeto.
O VEM será financiado pelo POISE (Programa Operacional para a Inclusão Social e Emprego), que tem uma dotação global de 1,9 milhão de euros (R$ 6,5 milhões). No entanto, não se sabe ainda quanto deste valor será destinado ao programa.
Apesar de o esforço do governo português, os emigrantes entrevistados por Opera Mundimostraram-se descrentes com a efetividade do programa. A falta de perspectiva quanto ao futuro ainda é um fator determinante na decisão de permanecer no exterior.
País com mais emigrantes da UE
De acordo com o Observatório do Emigrante, apenas em 2013, cerca de 110 mil portugueses emigraram, 15 mil a mais do que no ano anterior. Desta forma, Portugal tornou-se “o país da União Europeia com mais emigrantes, em termos relativos”, atrás de Malta, que possui menos de 500 mil habitantes.
No Brasil há quase dois anos, o sub-maitre Alexandre Gomes, 23 anos, trabalhava em um grande restaurante em Portugal, quando recebeu o convite para trabalhar numa filial do mesmo estabelecimento no Recife, em Pernambuco. Não pensou duas vezes. “A oportunidade era boa: conhecer um novo país, nova cultura e resolvi aceitar”, comenta um dos 137,9 mil portugueses que vivem no Brasil.
Igualmente cético está Paulo Baltazar, 41 anos, que vive em Paris desde 1998, é casado com uma francesa e têm dois filhos nascidos na França. “Não penso em regressar para trabalhar, as condições de vida em Portugal estão difíceis. Não consigo ver futuro para os meus filhos lá”, analisa Baltazar, que trabalha no setor de informática.
Ele comenta que diversos amigos saíram do país, retornaram e, após certo tempo, voltaram a sair. “Todos que podem sair, saem”, afirma.
Baltazar avalia que o programa é muito ambicioso e encontra nele mais dúvidas do que certezas. “Como fazer os jovens voltar ao país, quando não conseguem nem segurar os que estão lá?”, indaga, em tom de reflexão. Após um curto hiato, acrescenta: “Nem por € 100 ou 300 eu voltaria”.
O Reino Unido é o principal destino dos retirantes lusitanos: 30 mil em 2013. Entre 2012 e 2013, o número de entradas de portugueses no país cresceu 47%. Marco Neto, 42 anos, é um deles.
Há três anos ele migrou, com a esposa, para a cidade inglesa de Daventry, onde trabalha como motorista numa empresa de logística. “Me senti estagnado no meu país”, explica. “As coisas em Portugal e a mentalidade portuguesa estão más. Não há oportunidade de progredir”, completa. Regressar não está em seus planos.
“Esse programa não tem fundamento. Trata-se apenas de um programa político”, critica Neto, lembrando que Portugal realizará eleições legislativas no segundo semestre de 2015.
Debate político
A seis meses da eleição parlamentar, o debate em torno da emigração antecipou o pleito na Assembleia da República. Após o anúncio do programa pelo secretário de Estado Pedro Lomba, situação e oposição trocaram críticas no Parlamento.
O deputado do BE (Bloco de Esquerda) José Soeiro acusou o Executivo de nos últimos anos ter incentivado os jovens a emigrarem e que agora promove “uma mudança no discurso sobre a migração”. O parlamentar refere-se, dentre outras coisas, às declarações dadas, em 2011, pelo primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho (PSD), estimulando a emigração de professores de português em alternativa ao desemprego no país.
“Sejamos claros, viajar é um prazer, a mobilidade escolhida é uma conquista, as trocas internacionais uma mais-valia. Mas quando temos dezenas de milhares a emigrar não estamos apenas falando de escolhas individuais. A maioria destes jovens não viajou, nem emigrou. Foram expulsos, expulsos do seu país", declarou o deputado da oposição.
Soeiro também criticou a apresentação do programa VEM sem adiantar “os detalhes, o alcance, os custos, a forma de contratação, o público-alvo ou a abrangência”. “Se não beirasse o ofensivo, este anúncio do secretário de Estado seria apenas caricato”, ironizou.
Em resposta, o deputado do PSD (Partido Social-Democrata), Carlos Gonçalves, desafiou a oposição a apresentar propostas dirigidas aos emigrantes portugueses.
“Seria bom que aqueles que agora despertaram para a questão da emigração nesta câmara apresentassem verdadeiras propostas políticas dirigidas a esses portugueses, ao invés de se refugiarem sempre na crítica, na opinião, no comentário e, por vezes, com uma adjetivação que apenas demonstra a falta de ideias concretas, retrucou.
fonte: Opera Mundi
sexta-feira, 24 de abril de 2015
[ Aula Resumo ] Português: Novo Acordo Ortográfico
Estava pesquisando sobre a grafia de uma palavra com hífen e me deparei com este ótimo resumo sobre as mudanças decorrentes do novo acordo.
Entendi ser bem prático tê-lo em mãos sempre que necessário e resolvi publicar aqui no Missão Diplomática.
abraços
Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA
Michaelis Online
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
Versão atualizada de acordo com o VOLP
por Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste.
No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
Este guia foi elaborado de acordo com a 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de 2009.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações.
Por exemplo:
- na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
- na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era | Como fica |
agüentar | aguentar |
argüir | arguir |
bilíngüe | bilíngue |
cinqüenta | cinquenta |
delinqüente | delinquente |
eloqüente | eloquente |
ensangüentado | ensanguentado |
eqüestre | equestre |
freqüente | frequente |
lingüeta | lingueta |
lingüiça | linguiça |
qüinqüênio | quinquênio |
sagüi | sagui |
seqüência | sequência |
seqüestro | sequestro |
tranqüilo | tranquilo |
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
Como era | Como fica |
alcalóide | alcaloide |
alcatéia | alcateia |
andróide | androide |
apóia | (verbo apoiar)apoia |
apóio | (verbo apoiar)apoio |
asteróide | asteroide |
bóia | boia |
celulóide | celuloide |
clarabóia | claraboia |
colméia | colmeia |
Coréia | Coreia |
debilóide | debiloide |
epopéia | epopeia |
estóico | estoico |
estréia | estreia |
estréio (verbo estrear) | estreio |
geléia | geleia |
heróico | heroico |
idéia | ideia |
jibóia | jiboia |
jóia | joia |
odisséia | odisseia |
paranóia | paranoia |
paranóico | paranoico |
platéia | plateia |
tramóia | tramoia |
Atenção:
essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s).
Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era | Como fica |
baiúca | baiuca |
bocaiúva | bocaiuva* |
cauíla | cauila** |
**cauila = avarento
Atenção:
- se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
- se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era | Como fica |
abençôo | abençoo |
crêem (verbo crer) | creem |
dêem (verbo dar) | deem |
dôo (verbo doar) | doo |
enjôo | enjoo |
lêem (verbo ler) | leem |
magôo (verbo magoar) | magoo |
perdôo (verbo perdoar) | perdoo |
povôo (verbo povoar) | povoo |
vêem (verbo ver) | veem |
vôos | voos |
zôo | zoo |
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era | Como fica |
Ele pára o carro. | Ele para o carro. |
Ele foi ao pólo Norte. | Ele foi ao polo Norte. |
Ele gosta de jogar pólo. | Ele gosta de jogar polo. |
Esse gato tem pêlos brancos. | Esse gato tem pelos brancos. |
Comi uma pêra. | Comi uma pera. |
Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja: se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
- Exemplos:
- verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. - se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
- Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
- verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e itônicos.
Uso do hífen com compostos
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação.
Exemplos:
guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como:
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo.
Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação.
Exemplos:
Belo Horizonte - belo-horizontino
Porto Alegre - porto-alegrense
Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte
Ãfrica do Sul - sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hÃfen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacionário
sub-bibliotecário
inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r.
Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com rou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e.
Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r.
Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar
Outros casos do uso do hífen
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l.
Exemplos:
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação.
Exemplo: mal-francês.
Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim.
Exemplos:
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-alunos.
fonte: Dicionário Michaelis online
Argentina e Rússia firmam acordo antidólar
Opera Mundi
23 Abr, 2015
Putin e Kirchner firmam acordo antidólar para usar moeda nacional em transações comerciais
Rússia e Argentina também assinaram convênios de cooperação no setor de energia, como a construção de uma central nuclear e uma hidrelétrica
Argentina e Rússia assinaram, nesta quinta-feira (23/04), um acordo que permite a realização de pagamentos comerciais em peso e rublo. A iniciativa, tomada em meio a dezenas de convênios na área energética, tem como objetivo fazer com que os países deixem de estar “amarrados ao dólar”, como afirmou a mandatária do país sul-americano, Cristina Kirchner.
Além do trato para pagamentos recíprocos, que visa aumentar e aprofundar as trocas comerciais entre os países, os mandatários assinaram dezenas de acordos comerciais na área energética, incluindo a construção de uma nova central nuclear e uma hidrelétrica, além do memorando para que a empresa petrolífera russa Gazprom explore petróleo no campo de Vaca Morta, principal zona petrolífera argentina.
No ano passado, Rússia e China anunciaram que o pagamento comercial em moedas locais aumentou 800% entre janeiro e setembro. A expectativa é que pelo menos metade das transações comerciais entre os países, previstas para alcançar 200 milhões de dólares até 2020, seja feita em moedas locais.
Na América Latina, o uso de moedas locais também é usado nas relações comerciais entre Brasil e Argentina; Brasil e Uruguai e Cuba, Equador e Venezuela, por meio do Sucre (Sistema Único de Compensação Regional de Pagamentos).
Investimentos russos
Com o memorando entre a empresa petrolífera Gazprom e a estatal argentina YPF para explorar petróleo no campo da Vaca Morta, a Rússia vai aportar US$ 2 bilhões na zona petrolífera, com potencial para suprir toda a demanda energética argentina, enquanto a Gazprom aportará mais US$ 1 bilhão.
Também foi assinado um acordo para a construção da sexta central nuclear na Argentina por parte da empresa russa Rosatom, no valor de US$ 2 bilhões. Além disso, foi assinado memorando para o desenvolvimento da central hidrelétrica Chihuido I, de quase 700 megawatts na província argentina de Neuquén, por um montante total de quase US$ 2 bilhões.
"A participação russa na instalação de geração elétrica na Argentina não é nova. Mais de 4.400 megawatts do parque energético argentino são de origem russa, temos uma longa tradição de cooperação neste terreno", destacou Kirchner.
Os mandatários também assinaram acordos na área científico-técnica, militar, cultural, educativa, esportiva e turística, bem como um programa de agricultura.
Em janeiro, Kirchner fez movimento semelhante durante a visita à China, quando firmou 15 convênios com empresas chinesas nos setores de energia e mineração.
Relações bilaterais
Durante entrevista concedida à emissora RT, a mandatária defendeu que a relação entre Rússia e Argentina não deve ser consolidada apenas em termos comerciais, como vendedores e importadores e sim como sócios, “como uma plataforma mais que interessante para toda a região latino-americana”.
Com relação à importância da Rússia no cenário internacional, mesmo após as sanções impostas pelas potências ocidentais ao país, Kirchner afirmou que o país “ressurgiu como um novo ator importantíssimo em matéria global, não apenas em termos econômicos, ou como fornecedor de energia, mas também como ator político”.
No que se refere às questões nacionais, Putin expressou apoio à postura argentina na defesa da soberania das Ilhas Malvinas na reivindicação de que o “Reino Unido se sente à mesa para negociar”.
Com relação à crise ucraniana, Cristina, em alinhamento com o que vem sendo defendido por Moscou, ressaltou que "a diplomacia é o único caminho para resolver" os conflitos e condenou “todo tipo de ingerências externas em outros países".
fonte: Opera Mundi
quarta-feira, 22 de abril de 2015
The Chinese financed Nicaragua Canal
Post Western World
Mar 3, 2015
Two months ago, construction of the so-called Grand Interoceanic Canal (usually called Nicaragua Canal), has finally begun. If completed, the canal would be the largest civil-engineering and construction project in the history of mankind, spanning 276 kilometers across the Central American nation.
The idea of building a canal in Nicaragua is not new. As Jon Lee Anderson writes, Cornelius Vanderbilt, a U.S. tycoon, had taken a strong interest in the project.
Soon, the United States took up the idea of a canal, and U.S. Congress began trying to decide whether to build it in Panama or Nicaragua. In 1901, the Nicaraguan government gave the U.S. government exclusive rights to build a canal there. But before the issue went to a vote the chief of the powerful pro-Panama lobby mailed each U.S. senator a one-centavo Nicaraguan postage stamp, featuring an image of Lake Managua, luridly illuminated by an exploding volcano. Panama, which had no volcanoes in the canal zone, won by a margin of eight votes.
Complete humiliation for Nicaragua would follow in 1914, when, in exchange for 3 million US dollars, Nicaragua's President Emiliano Chamorro granted the U.S. government the exclusive right to build a Nicaraguan canal.
The agreement essentially prevented Nicaragua from building a canal to compete with the Panama Canal. The treaty was only abolished in the 1970s. Since then, Nicaraguan leaders have dreamed of turning the canal into a reality, partly in the hope that it would promote development in the second-poorest country in the Western Hemisphere.
It would take the previously unknown businessman Wang Jing, with likely approval and support of the Chinese government, to revive the project.
Wang's Hong Kong-listed company HKND now holds a 100-year-long concession over the canal's operation.
The cost of the construction is officially estimated at forty billion dollars, even though experts believe the total cost will be closer to one hundred billion dollars. Even the feasibility studies conducted so far have cost several hundred million dollars, suggesting Wang's confidence.
Wang has hired the China Railroad Construction Corporation, a company that has overseen the construction of the Three Gorges Dam in China.
The project's financial viability is questionable, and its environmental consequences could be disastrous. The Nicaragua Canal could accommodate ships capable of carrying up to 25,000 containers, which may increasingly be the norm, thus successfully competing with the Panama Canal, which can only accommodate ships carrying 13,000 containers. Competition would reduce shipping prices and boost trade.
Yet China's objectives are more likely to be geopolitical. HKND is exempt from local taxes and commercial regulations, and has been granted hiring and land-expropriating powers. Along with the concession to build the canal, Wang now holds the rights to the build large seaports on both coasts, new airports, railroads and highways.
He has also won contracts to build a new telecommunications network. The plan also includes a free trade zone. Notably, a recently approved reform overturned a constitutional stricture against foreign soldiers being garrisoned in Nicaragua, in theory paving the way for a Chinese military base -- even though such a step seems extremely unlikely in the short or medium-term, as Beijing has no interest in openly challenging the United States.
Considering that it is not officially behind the project, and that the upfront cost was relatively small, the Chinese government could still step back from the project if political or logistical problems arose. It would thus be premature to regard the Nicaragua Canal project as part of a global version of what some analysts describe as the "string of pearls", a network of Chinese military and commercial facilities in the Indian Ocean.
Yet if Wang succeeds in building the canal, the geopolitical consequences for the region would be significant. The project will employ at least fifty thousand workers, many of whom will be Chinese. At a recent OAS Summit, US Secretary of State John Kerry famously told the region's leaders that the era of the Monroe Doctrine was over.
And indeed, the US government has not commented much on China's plans in Nicaragua, beyond asking for more transparency. The creation of a massive Chinese footprint in Latin America, however would still alter regional dynamics far more than any of the previous partnerships China has set up with governments in the region.
fonte: Post Western World
terça-feira, 21 de abril de 2015
Servidores do Itamaraty ameaçam entrar em greve em Maio
Folha de SP
13 Abr 2015
O atraso no pagamento de auxílio-moradia e a falta de compensação de horas por plantões em fins de semana, entre outros motivos, levaram à aprovação de indicativo de greve pelos servidores do Ministério das Relações Exteriores.
O Sinditamaraty concluiu a votação na última sexta-feira (10) e afirma que haverá paralisação caso o ministério não atenda as reivindicações até o dia 6 de maio.
Entre elas, está a regularização do pagamento do aluguel dos diplomatas lotados em postos no exterior. Segundo os funcionários, o atraso atual é, em média, de três meses.
"A paciência dos funcionários do Itamaraty chegou ao limite", diz em nota a presidente do sindicato, Sandra Nepomuceno. A entidade representa 1.200 servidores, entre assistentes e oficiais de chancelaria e diplomatas.
Ao todo, segundo boletim estatístico mais recente do Ministério do Planejamento, a pasta possui 3.451 servidores ativos.
Procurado pela reportagem, o Ministério das Relações Exteriores informou que "está em tratativas" com as pastas da Fazenda e Planejamento "para solucionar a regularização do fluxo de pagamentos em todas as rubricas de seu orçamento".
"Quanto aos plantões [em fins de semana], o assunto está sendo analisado à luz da legislação que rege o serviço público federal", diz o texto.
fonte: Folha SP
domingo, 19 de abril de 2015
China and US: Unthinkable War ?
Might the US and China be repeating the mistakes that led to the improbable wars of the past ?
The Diplomat
April 10, 2015
If the United States is the colossus that bestrides the world, its command to history is simple: Stop. The problem with America’s imperative is, as distinguished Yale historian Paul Kennedy remarked in 2010, “history, unfortunately, has a habit of wandering off all on its own.”
A recent diplomatic episode shows that this is a lesson the U.S. remains uninterested in learning. As readers of The Diplomat will know, in 2010, the IMF, with the support of the Obama Administration, passed a series of reforms that would shift member quota shares (and voting rights) to reflect the dynamics of a changing world economy, especially the economic growth of the BRICS grouping (Brazil, Russia, India, China, South Africa).
For the past five years, the U.S. Congress has refused to ratify the IMF reform because many Republicans are generally dubious about international financial cooperation and because they fear it would give China more influence while decreasing U.S. influence (the second argument is prima facie spurious, as America would still remain the only member state with veto powers).
As a result of Republican intransigence on the question of reform, the IMF is becoming less relevant to world economic cooperation. This has led IMF chief Christine Lagarde to proclaim “I will do belly-dancing if that’s what it takes to get the US to ratify.” But not even that threat was able to sell reform to the Republican Senate.
This episode is telling because it reverses the narrative the U.S. has created about China’s rise. Since 2005 the U.S. has constantly pressured China to become a “responsible stakeholder.” U.S. President Barack Obama has accused China of being a global “free rider.”
But as IMF reform makes clear, the U.S. – or more precisely, large political blocs within the U.S. – doesn’t actually want to share a stake of its power with China: It likes the division of world power the way it is and sees no reason to allow any change. China is rising. Rather than adjust structures and relationships to this reality, it is nicer to pretend nothing needs to change.
But the world is changing. Its bid for integration rejected, China has begun constructing its own system to run parallel to the U.S.-built system. In 2014 the BRICS nations, which comprise 3 billion people and around 20 percent of world GDP, launched their own $100 billion New Development Bank. Also in 2014, China launched an Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), another $100 billion institution.
More than 50 nations have applied to join the AIIB so far according to the Global Times, and more will in the future, as Asia needs $8 trillion in infrastructure investment this decade alone. Regional and global enthusiasm for China’s initiative peeved the U.S., which pressured its allies not to join the bank. It has now become clear that this pressure has failed spectacularly.
Ignoring U.S. protests, Britain announced it would join. France, Germany, and Italy quickly followed suit (later followed by South Korea and Australia), provoking a cry of outrage from a “senior US official” who insisted, “We are wary about a trend toward constant accommodation of China, which is not the best way to engage a rising power.”
It is this belief that brings us to the newly published book The Improbable War: China, The United States and Logic of Great Power Conflict by London School of Economics international relations professor Christopher Coker. Coker’s thesis is straightforward: War between China and the U.S. “is not inevitable, but nor is it as improbable as many experts suggest.”
He argues that the kind of American attitude displayed above makes war more likely and that the leaders on both sides of the Pacific need to think carefully about the lessons of two other seemingly improbable wars in order to preserve peace today.
AD 1914 & BC 431
Why do historical analogies matter? Coker’s view of history mirrors that of the great historian John Lukacs: History cannot teach us what to do, but it can show us what to avoid doing. No analogy is exact, but if history really does rhyme, then studying it can reveal some lessons in meter and form.
In this spirit he writes, “If we are fated to always speculate about the future we are also fated to recall the past and the historical analogy that would seem most pertinent as we try to understand how Chinese-US relations might evolve remains that of the First World War.”
The main lesson Coker derives from WWI is the danger of optimistically assuming war is unlikely. He extensively critiques Norman Angell’s belief that war was irrational, though not always convincingly. But his principal point cannot be questioned: “just because something is irrational does not mean it cannot happen.”
Coker agrees with Christopher Clark’s recent magisterial telling of WWI in which Europe’s leaders sleepwalked into war. To this account he adds that the optimism that war was not probable allowed Europe’s leaders to ignore the tensions in the system, allowing disagreements to fester.
When the crisis finally broke out in July 1914, no great power sought to manage it. As a result, war came.
The second analogy Coker considers is that of the Peloponnesian War (431-404 BC), the ancient fratricide between Athens and Sparta that ended the Athenian Golden Age. The Peloponnesian War matters both because it has an important lesson to teach and because that lesson is often misunderstood.
Consider the 2012 remarks of Martin Dempsey, the Chairman of the Joint Chiefs of Staff:
Well, first of all, I think it’s probably worth mentioning where I see our future with China. I mean, we’re bouncing – we’re bouncing ourselves back into the Pacific. That’s not a containment strategy for China. In fact, I don’t know how many of you study history, but Thucydides, the Greek historian, described what he called the “Thucydides Trap,” and it goes something like this: It was Athenian fear of a rising Sparta that made war inevitable.Well, I think that one of my jobs as the chairman of the Joint Chiefs and as an adviser to our senior leaders is to help avoid a “Thucydides Trap.” We don’t want the fear of that emerging China to make war inevitable. So Thucydides – we’re going to avoid “Thucydides Trap.” And I think there’s more opportunities than liabilities for us in the Pacific.
Though it is a welcome occurrence for a figure as important as General Dempsey to consider the lessons of history, as a simple matter of fact he confused the position of Athens and Sparta: it wasn’t a “rising Sparta” that was at issue but a rising Athens. Thucydides’ famous line is “The growth of the power of Athens, and the alarm which this inspired in Lacedaemon, made war inevitable” (Thucydides 1.23).
But either way, this sentence of Thucydides is often taken to be the final explanation for the war: a shift in power caused fear, making war became inevitable.
Coker eloquently remedies this highly simplified reading of Thucydides, arguing that the actual lesson of Thucydides is: Do not allow your state to be manipulated into war. This accords with the story Thucydides actually tells: Neither Athens nor Sparta sought war, but somehow war came.
Athens was convinced by another city-state, Corcyra, to protect it from the interference of a Spartan ally, Corinth. The Corinthians then convinced the Spartans to intervene on their side against the rapacious Athenians, and thus a “war like no other” began. A shift in power may or may not have been a necessary condition for the Peloponnesian War. But the way in which Athens and Sparta were manipulated by their lesser allies surely was.
The Path to a US-China War
Are the U.S. and China walking the road to war today? Insofar as the U.S. insists that the status quo should not be adjusted, and insofar as China seeks assertively to change the status quo, Coker thinks the answer is yes.
This is what he means by the title of his book. War is certainly not inevitable, but two questions Coker asks should worry statesmen in both countries: “Can China accept and continue to negotiate with a country that wants the Chinese regime to change and considers any government model but its own largely illegitimate? Can the United States deal constructively with a China which is so resentful of its past and confident about its future?”
Chinese leaders seemingly understand the potential danger their nation’s rapidly rising power poses for the stability of the global system and have, because of the lessons of history, proposed constructing a “new model of major country relations” with the U.S.
According to Coker, American leaders and scholars have responded to this call with either hostility or consternation. Hostility because the U.S. would prefer not to think of China as its equal, and consternation because the Chinese have not been able to specify of what their requested “innovations in diplomatic theory and practice” would consist.
Where does this leave the U.S. and China in regards to the path to war? “The precondition of a Sino-American war is most likely to be the rivalry between a dominant power and one that seeks to take its place; the precipitant, China’s attempts to undermine the relationship between the U.S. and its allies/client states; but the trigger could well be naval spats, bullying that goes too far.”
In short, though 2015 is a very different – and in most ways better – time than 1914, many of the conditions for conflict are currently present. U.S.-China competition has been obviously present since the 1995-6 Taiwan Straits Crisis. Since 2010 China has been seen as growing more “assertive.”
In 2011 the U.S. “pivoted” to Asia, a concentrated political, economic, and military effort to contain China’s growing power in all but name. Nationalism is on the rise in China and Japan, and it is imaginable that a dispute between these two countries over rocks in the East China Sea, fueled by nationalism and historical antagonism, could cause a crisis that forced the U.S. either to escalate a conflict with China or surrender its so-called “credibility.”
Obama has already drawn a red line by stating the U.S.-Japan defense treaty covers the Senkaku islands. What would happen if China were to put the line to the test like Assad did in Syria? Would the pressure of American hawks be too much to resist a second time?
The Path to a US-China Peace
Yet if there is a path to war, there is also a path to peace in East Asia. Though it is not a popular position today, Coker believes that if U.S. is serious about avoiding war then it must negotiate with China to revise the current international system.
“All the lessons of history suggest that the US needs to share the burden with China if both countries are to avoid a conflict; the two sides urgently need to enter into a dialogue to also decide which if any of the ‘rules’ need to be changed.”
What specifically does this mean? Coker provides only the hint of an answer: What would the U.S. think if China stationed crack soldiers in Venezuela, established bases around America’s continental and maritime periphery, conducted maritime intelligence patrols just outside of America’s 12-mile territorial waters, and negotiated a massive new trade deal that included all the major regional states except the U.S.?
Undoubtedly America’s leaders would not tolerate this. In any new negotiated system, it is this sort of behavior Americans will have to eliminate.
More broadly, Coker suggests six ideas for moving the U.S. and China down the road to peace. Both sides should place less faith in the regional actor model of political decision-making; they should realize that humans are not good at deciding what is in their best interest and often make mistakes; the two nations should conduct cultural dialogues and exchanges; they should avoid a naval arms race like the one that preceded the Great War; neither side should militarize space; and both sides must think carefully about cyberwar so as not to be caught by surprise in the event of a conflict.
Is It Enough?
Coker thinks the U.S. and China have a 50/50 chance of avoiding war. Needless to say, this is not an optimistic projection and not one that makes war sound particularly “improbable.”
Consider Coker’s explanation for how, while reflecting on the Great War, he came up with the criteria for what makes a war “improbable”:
Jack Beatty, one of the leading figures in the ‘new school’ of historians, distinguishes three stances with regard to the origins of the war—avoidable, improbable and inevitable. War would only have been ‘avoidable’ if the political leaders had set out to do everything in their power to avoid it. They did not do so, in part because they thought it so unlikely. War would only have been ‘improbable’ if they realized how only remarkable crisis management skills could have kept the continent at peace given the tinder box nature of European politics. It therefore follows that war was largely ‘inevitable’ because the politicians did not take the prospect of war seriously enough.
Though Coker does not make this connection, this threefold division corresponds nicely to the three ways to manage conflict.
You can (1) resolve the issues in dispute through negotiation and compromise, therefore eliminating the cause of conflict; (2) work to control conflict by creating crisis management protocols and practices, therefore working to ensure a crisis does not become a war; or (3) you can reduce the consequences of a war through arms control and the spread of norms, therefore (hopefully) lessening the lethality of war when it breaks out.
Within elite American circles today, almost all emphasis is placed on the second option: crisis management. During the U.S.-Soviet Cold War, emphasis was also placed on the third option. Option two can only make war “improbable” while option three can only reduce the consequences of war.
War can only be made avoidable if both the U.S. and China pursue option one: Working to overcome the disagreements that are the cause of contemporary friction by negotiating a new great power consensus.
Making war avoidable should not be dismissed as a utopian pursuit. The U.S. has chosen to be a colossus that bestrides the world and says stop. But nothing forces it to adopt this position.
Realizing that history does indeed wander off on its own, that power shifts, that the status quo cannot be enshrined as holy, and that it is time to build a new consensus with China would permit American statesmen to begin stepping off the road to war and onto the road to peace.
If you are unconvinced of these points, I suggest you read Coker’s book. If you are convinced, it is time to move to the next stage of the argument: How should a new consensus be built?
Upon what principles should it rest? Does history offer any examples of great-power cooperation that could become models for constructing such a new consensus today? The precondition for making war avoidable instead of improbable is answering these questions.
Jared McKinney is a dual-degree graduate student at Peking University and the London School of Economics and holds an M.S. (with distinction) in Defense and Strategic Studies from Missouri State University, where he was a Rumsfeld Graduate Fellow.
fonte: The Diplomat
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