O estudo das respostas nas provas discursivas anteriores é fundamental para entendermos o que a banca espera do candidato. Analisarmos os acertos é importante, no entanto pode ser ainda mais relevante analisarmos os erros cometidos para que possamos evitá-los.
Os manuais de estudos da Funag nos trazem somente as melhores respostas e pensando nisso os candidatos do concurso de 2014 elaboraram um manual com respostas de vários candidatos e suas respectivas marcas de correção da banca.
O Guia do Calango Lumbrera foi uma ótima iniciativa e nasceu como uma forma de compartilhar as experiências dos candidatos que lograram passar para a temida segunda fase do CACD.
Venho publicando aqui no Missão Diplomática os textos com as melhores respostas das provas discursivas anteriores. Na medida do possível vou procurar também publicar respostas com problemas - utilizando fontes como o Guia do Calango - para que possam servir como melhor preparação em nossos estudos incansáveis.
Compare a melhor redação (clique aqui para o link Missão Diplomática) que obteve 53,25 pontos possíveis de 60 na prova de português 2014 com a redação a seguir, que obteve 38 pontos.
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Guia do Calango Lumbrera - Turma CACD 2014
Prova 2014 PORTUGUÊS
REDAÇÃO
Texto I
Planejar uma política externa exige — além do conhecimento da conjuntura interna do país — o estudo do quadro internacional dentro do qual essa política deverá operar. É necessário, portanto, antes de mais nada, tentar prever a evolução provável da conjuntura mundial nos próximos anos, como pano de fundo para as opções possíveis da diplomacia brasileira. Um exercício desse gênero comporta elementos impressionísticos inevitáveis, pois não é possível antecipar tendências futuras com a mesma precisão com que podemos descrever acontecimentos atuais. O máximo que podemos fazer para limitar o alcance do componente puramente especulativo é formular hipóteses alternativas e, em seguida, verificar a maior ou menor plausibilidade de cada uma delas.
Antonio Francisco Azeredo da Silveira. Política externa brasileira: seus parâmetros internacionais. 16/1/1974. Arquivo do CPDOC, FGV.
Texto II
O Brasil, em razão de fatores objetivos, tem um destino de grandeza, ainda relativa em nossos dias, ao qual não terá como se furtar, e isso lhe impõe a obrigação de encarar o seu papel no mundo em termos prospectivos fundamentalmente ambiciosos. Digo ambição no sentido de vastidão de interesses e escopo de atuação, e não no desejo de hegemonia ou de preponderância.
Antonio Francisco Azeredo da Silveira. Discurso proferido em 9/11/1976, apud Matias Spektor (Org.). Azeredo da Silveira: um depoimento. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
Texto III
O mundo tem passado por transformações significativas, e o lugar do Brasil no mundo mudou. Essas transformações incidem sobre a própria distribuição do poder mundial. Desenham-se os contornos de uma configuração multipolar da geopolítica e da geoeconomia mundial. A desconcentração do poder econômico e político no espaço internacional vem conferindo mais voz e peso aos países emergentes. (...) A confluência dessas grandes transformações no Brasil e no mundo tem efeitos significativos sobre a formulação e a execução da política externa brasileira. Tenho enfatizado que a política externa é parte integral do projeto nacional de desenvolvimento do Brasil — econômico, político, social, cultural. Nesse papel de instrumento do desenvolvimento, uma política externa sem perspectiva estratégica de longo prazo torna-se reativa, sem direção.
Luiz Alberto Figueiredo Machado. Discurso proferido na abertura dos Diálogos sobre Política Externa, em 26/2/2014 (com adaptações).
A partir da leitura dos fragmentos de texto acima, discuta e opine a respeito das perspectivas de longo prazo da política externa brasileira, tendo em vista as circunstâncias internas e os cenários internacionais a ela relacionados.
Texto I
Planejar uma política externa exige — além do conhecimento da conjuntura interna do país — o estudo do quadro internacional dentro do qual essa política deverá operar. É necessário, portanto, antes de mais nada, tentar prever a evolução provável da conjuntura mundial nos próximos anos, como pano de fundo para as opções possíveis da diplomacia brasileira. Um exercício desse gênero comporta elementos impressionísticos inevitáveis, pois não é possível antecipar tendências futuras com a mesma precisão com que podemos descrever acontecimentos atuais. O máximo que podemos fazer para limitar o alcance do componente puramente especulativo é formular hipóteses alternativas e, em seguida, verificar a maior ou menor plausibilidade de cada uma delas.
Antonio Francisco Azeredo da Silveira. Política externa brasileira: seus parâmetros internacionais. 16/1/1974. Arquivo do CPDOC, FGV.
Texto II
O Brasil, em razão de fatores objetivos, tem um destino de grandeza, ainda relativa em nossos dias, ao qual não terá como se furtar, e isso lhe impõe a obrigação de encarar o seu papel no mundo em termos prospectivos fundamentalmente ambiciosos. Digo ambição no sentido de vastidão de interesses e escopo de atuação, e não no desejo de hegemonia ou de preponderância.
Antonio Francisco Azeredo da Silveira. Discurso proferido em 9/11/1976, apud Matias Spektor (Org.). Azeredo da Silveira: um depoimento. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
Texto III
O mundo tem passado por transformações significativas, e o lugar do Brasil no mundo mudou. Essas transformações incidem sobre a própria distribuição do poder mundial. Desenham-se os contornos de uma configuração multipolar da geopolítica e da geoeconomia mundial. A desconcentração do poder econômico e político no espaço internacional vem conferindo mais voz e peso aos países emergentes. (...) A confluência dessas grandes transformações no Brasil e no mundo tem efeitos significativos sobre a formulação e a execução da política externa brasileira. Tenho enfatizado que a política externa é parte integral do projeto nacional de desenvolvimento do Brasil — econômico, político, social, cultural. Nesse papel de instrumento do desenvolvimento, uma política externa sem perspectiva estratégica de longo prazo torna-se reativa, sem direção.
Luiz Alberto Figueiredo Machado. Discurso proferido na abertura dos Diálogos sobre Política Externa, em 26/2/2014 (com adaptações).
A partir da leitura dos fragmentos de texto acima, discuta e opine a respeito das perspectivas de longo prazo da política externa brasileira, tendo em vista as circunstâncias internas e os cenários internacionais a ela relacionados.
"Auferir os interesses nacionais de um país é o objetivo permanente da
política externa. Por conseguinte, ela pode ser caracterizada como política de
Estado. A função da política externa é fixa, mas seus objetivos e meios
alteram-se no longo prazo. A política externa brasileira tem como característica
a continuidade, visto que é possível identificar a defesa contínua de alguns
princípios, como o da soberania. O século XXI inicia-se com alterações
significativas na ordem mundial. A política externa brasileira, como um dos
meios de promoção do desenvolvimento nacional, deve ser executada com
base em perspectiva de longo prazo, a fim de realizar seus objetivos internos e
internacionais.
Identificar os objetivos de longo prazo de um Estado facilita sua ação internacional autônoma no presente. O conhecimento dos contextos interno e internacional, nesse sentido, faz-se necessário, pois ele permitirá a identificação das possibilidades no longo prazo, pois a realidade internacional está em constante mudança. No século XXI, verificam-se alterações significativas na distribuição de poder. A ascensão dos países emergentes, como o Brasil, enseja maior multipolaridade, a qual impõe novos desafios e oportunidades. A criação do Livro Branco da política externa brasileira será importante meio de consecução da estratégia de longo prazo da diplomacia nacional.
A mudança de perspectiva sobre o desenvolvimento ensejou a alteração da posição internacional do Brasil. A maior ênfase na inclusão social significou a expansão da classe média e a redução da pobreza nos últimos dez anos. Um país só pode ser considerado desenvolvido se incluir seus cidadãos. Programas governamentais, como o Bolsa Família, são reconhecidos internacionalmente, devido aos seus esforços sociais. O economista Amartya Sen, um dos criadores do Índice de Desenvolvimento Humano, afirmou que a liberdade só existe se houver igualdade de oportunidades. No âmbito internacional, o Brasil luta por essa igualdade no comércio, nas finanças e nos orgãos(1) internacionais. O estímulo à cooperação técnica com países em desenvolvimento insere-se nessa lógica, ao não exigir condicionalidades.
A busca de uma ordem internacional mais democrática requer a existência de um contexto mais multilateral. Um dos objetivos de longo prazo da diplomacia brasileira é a multiplicação de instâncias multilaterais. O estabelecimento do G-20 comercial, do IBAS, dos BRICS e do BASIC visa à democratização da ordem internacional, tornando-a mais justa e inclusiva. O desejo brasileiro de maior participação nas negociações internacionais ensejou posição propositiva nos âmbitos financeiro, ambiental, comercial e político. O exemplo mais recente de protagonismo brasileiro foi a convocação da Reunião Multissetorial sobre governança na rede mundial de computadores, com o objetivo de tornar a rede mais democrática no futuro.
O avanço da democracia no Brasil, verificado nos movimentos populares recentes, estimula maior participação dos nacionais nas discussões sobre política externa. Dessa maneira, as estratégias de política externa tornar-se-ão mais legítimas e democráticas. Isso fornecerá maior projeção internacional ao Brasil e facilitará a consecução de seus objetivos, principalmente o de desenvolvimento. A liderança brasileira, nas negociações dos objetivos para o desenvolvimento pós-2015(2), exemplifica a busca dos objetivos de longo prazo do Brasil nos âmbitos interno e internacional. A conferência Rio +20 também representa a maior democratização das negociações multilaterais e a ênfase no desenvolvimento sustentável.
A política externa mais altiva e propositiva dos últimos dez anos só foi possível devido ao avanço da inclusão social brasileira. O estímulo à democracia ensejará meios mais legítimos de consecução da política externa brasileira, a qual deve sempre visar ao desenvolvimento inclusivo. A elaboração do Livro Branco da Política Externa, com o auxílio dos diversos setores sociais, será o melhor meio de garantir a existência de estratégia internacional de longo prazo do Brasil. Isso facilitará o enfrentamento de possíveis óbices e dará maior legitimidade ao Brasil nas negociações internacionais."
Marcações da banca:
1 Grafia/acentuação 2 Pontuação
Avaliação:
Apresentação 5,00 Argumentação 3,75 Análise 1,25 Gramática 28,0
Comentário do candidato:
2: marcação em pontuação: resposta da banca ao recurso interposto: No contexto em questão, o trecho "nas negociações dos objetivos para o desenvolvimento pós-2015" é argumental, portanto não deve ser separado por vírgulas do sintagma de que faz parte: "A liderança brasileira nas negociações... pós-2015". A liderança brasileira nessas negociações é o que "exemplifica a busca dos objetivos...", e não a liderança brasileira de maneira geral.
FONTE: Guia Calango Lumbrera - Turma IRB 2014
Identificar os objetivos de longo prazo de um Estado facilita sua ação internacional autônoma no presente. O conhecimento dos contextos interno e internacional, nesse sentido, faz-se necessário, pois ele permitirá a identificação das possibilidades no longo prazo, pois a realidade internacional está em constante mudança. No século XXI, verificam-se alterações significativas na distribuição de poder. A ascensão dos países emergentes, como o Brasil, enseja maior multipolaridade, a qual impõe novos desafios e oportunidades. A criação do Livro Branco da política externa brasileira será importante meio de consecução da estratégia de longo prazo da diplomacia nacional.
A mudança de perspectiva sobre o desenvolvimento ensejou a alteração da posição internacional do Brasil. A maior ênfase na inclusão social significou a expansão da classe média e a redução da pobreza nos últimos dez anos. Um país só pode ser considerado desenvolvido se incluir seus cidadãos. Programas governamentais, como o Bolsa Família, são reconhecidos internacionalmente, devido aos seus esforços sociais. O economista Amartya Sen, um dos criadores do Índice de Desenvolvimento Humano, afirmou que a liberdade só existe se houver igualdade de oportunidades. No âmbito internacional, o Brasil luta por essa igualdade no comércio, nas finanças e nos orgãos(1) internacionais. O estímulo à cooperação técnica com países em desenvolvimento insere-se nessa lógica, ao não exigir condicionalidades.
A busca de uma ordem internacional mais democrática requer a existência de um contexto mais multilateral. Um dos objetivos de longo prazo da diplomacia brasileira é a multiplicação de instâncias multilaterais. O estabelecimento do G-20 comercial, do IBAS, dos BRICS e do BASIC visa à democratização da ordem internacional, tornando-a mais justa e inclusiva. O desejo brasileiro de maior participação nas negociações internacionais ensejou posição propositiva nos âmbitos financeiro, ambiental, comercial e político. O exemplo mais recente de protagonismo brasileiro foi a convocação da Reunião Multissetorial sobre governança na rede mundial de computadores, com o objetivo de tornar a rede mais democrática no futuro.
O avanço da democracia no Brasil, verificado nos movimentos populares recentes, estimula maior participação dos nacionais nas discussões sobre política externa. Dessa maneira, as estratégias de política externa tornar-se-ão mais legítimas e democráticas. Isso fornecerá maior projeção internacional ao Brasil e facilitará a consecução de seus objetivos, principalmente o de desenvolvimento. A liderança brasileira, nas negociações dos objetivos para o desenvolvimento pós-2015(2), exemplifica a busca dos objetivos de longo prazo do Brasil nos âmbitos interno e internacional. A conferência Rio +20 também representa a maior democratização das negociações multilaterais e a ênfase no desenvolvimento sustentável.
A política externa mais altiva e propositiva dos últimos dez anos só foi possível devido ao avanço da inclusão social brasileira. O estímulo à democracia ensejará meios mais legítimos de consecução da política externa brasileira, a qual deve sempre visar ao desenvolvimento inclusivo. A elaboração do Livro Branco da Política Externa, com o auxílio dos diversos setores sociais, será o melhor meio de garantir a existência de estratégia internacional de longo prazo do Brasil. Isso facilitará o enfrentamento de possíveis óbices e dará maior legitimidade ao Brasil nas negociações internacionais."
Marcações da banca:
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Comentário do candidato:
2: marcação em pontuação: resposta da banca ao recurso interposto: No contexto em questão, o trecho "nas negociações dos objetivos para o desenvolvimento pós-2015" é argumental, portanto não deve ser separado por vírgulas do sintagma de que faz parte: "A liderança brasileira nas negociações... pós-2015". A liderança brasileira nessas negociações é o que "exemplifica a busca dos objetivos...", e não a liderança brasileira de maneira geral.
FONTE: Guia Calango Lumbrera - Turma IRB 2014
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