quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Brasil sobe mais uma posição no IDH


Brasil destaca-se entre os que tiveram aumento da renda dos mais pobres

Carta Capital - Na escola
setembro 2014

O Brasil subiu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013 e passou a ser o 79º entre 187 países avaliados. Com 0,744 na escala que vai de zero a 1, o País está na faixa que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) considera “alto”. 

Os piores estão em “baixo”, há os que estão no patamar “médio” e os que mais asseguram direitos estão em “muito alto”. Em três décadas, o crescimento acumulado foi de 36,4% desde que o IDH brasileiro saiu de 0,545 em 1980, ainda no nível “baixo”. 
Nesta edição, a metodologia foi alterada, por isso houve reclassificações gerais. Em relação a mudanças reais, apenas 38 subiram e 35 caíram. São levadas em conta três variáveis: renda, longevidade e educação. 

Por conta da amostragem usada, baseada em pesquisas que remontam a 2010, os dois últimos dados do Brasil permaneceram iguais aos do relatório anterior, com expectativa de vida de 73,9 anos, média de escolaridade entre adultos de 7,2 anos e de tempo de estudo para as crianças de 15,2 anos. 

A variável responsável pela subida brasileira na última edição foi a renda, que passou de 14.081 dólares para 14.275 dólares (cerca de 31 mil reais por ano). O chefe de estatísticas do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano, na sede do Pnud, em Nova York, Milorad Kovacevic, relaciona a riqueza à formação da população. 

“Os resultados também expressam mudanças através de uma força de trabalho bem treinada e inovadora, que pode participar plenamente nas atividades civis e políticas, e que pode fornecer e utilizar os serviços de forma eficaz”, afirmou. 
No relatório oficial, as Nações Unidas destacam o Brasil entre os que tiveram aumento da renda dos mais pobres.

 “Uma forma de avaliar o progresso de uma nação é calcular o crescimento do consumo entre os 40% mais pobres. Por esse cálculo, Bolívia, Brasil e Camboja têm se saído bem”, diz o documento.

O governo brasileiro reclamou que, se fossem usados dados atualizados, o País subiria mais 11 posições. O IDH mais alto é o da Noruega (0,944) pelo quinto ano consecutivo, e o pior desempenho de desenvolvimento humano é do Níger (0,337).

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